O que esperar do Setor Imobiliário em 2022?
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- 19 de abr. de 2022
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O que esperar de 2022, visto que o ano será, do ponto de vista econômico, diferente de 2021? É preciso considerar alguns fatores negativos em um ano de eleições gerais no País.

A taxa Selic deve ficar entre 11% e 12% ao ano, pressionando os juros dos financiamentos imobiliários; e a inflação acima de 10%, pelo menos no primeiro semestre, vai diminuir a renda das famílias e impor aumento dos preços dos imóveis, a fim de preservar sua viabilidade econômica.
O mercado de unidades enquadradas no programa Casa Verde e Amarela, tem mostrado resiliência, com oferta e venda de aproximadamente 30 mil unidades na cidade de São Paulo desde 2019. Em outubro, o programa passou por alguns ajustes nos valores do teto, na redução de taxa de juros e na curva de subsídios, o que deverá viabilizar, em 2022, o mesmo volume de unidades dos últimos anos. A faixa de renda que pode acessar o programa vem sendo beneficiada, também, com reajustes de salários em dois dígitos, recompondo, em parte, seu poder de compra.
A previsão para 2022 é que o mercado imobiliário repita os bons desempenhos registrados nos últimos três anos.
A alta da inflação poderá ser amenizada com a política monetária proposta pelo Banco Central. De suma importância são as diretrizes orçamentárias comprometidas com o equilíbrio das contas públicas.
Em termos de recursos para financiamento, o Conselho Curador do FGTS anunciou a destinação de R$ 64,4 bilhões para o ano que vem, sendo R$ 62,9 bilhões para habitação popular (CVA) e R$ 8,5 bilhões para descontos (subsídios).
Mas, para que o setor mantenha bons resultados e continue atendendo a demanda por habitação, seja qual for o padrão, é essencial ampliar as oportunidades de empreender, com menos restrições urbanísticas e em um ambiente de negócios que ofereça segurança jurídica. Finalizando, nunca é demais destacar a força da indústria da construção civil e imobiliária, que vem contribuindo positivamente com o PIB e com a criação, em 2021 (até outubro), de 2,6 milhões de empregos com carteira assinada. A economia agradece.
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